A explicação à beira do Rio Munim foi o encerramento de um ciclo de
aulas teóricas que a partir de agora os alunos do curso de irrigação do
Pronatec/ Senar em parceria com a Prefeitura de Chapadinha, através da
secretaria de assistência social, passam a gerenciar o próprio negócio.
Foram duas semanas de atividades onde eles aprenderam a instalar o
equipamento que vai auxiliar na horta sem a necessidade de chuva para
produzir.
Através de um sistema simples, utilizando uma bomba
monofásica, é possível irrigar uma área com mais de 150 metros de
distância da produção, no povoado Boa Hora a uma altura de oito metros
do local rio até a horta.
Do rio para o local de cultivo, só aqui
neste pequeno terreno foram plantadas há três dias várias culturas,
entre elas: a cebolinha, coentro, pimentão e novas culturas como a
cenoura, beterraba e abobrinha. Tudo isso graças a implementação de um
sistema simples de irrigação localizado conhecido por micro-extensão,
que mantem o terreno úmido sendo ligado duas vezes por dia, levando em
média 30 minutos. Os alunos aprenderam desde a instalação dos canos,
calcular a vasão, pressão e volume de água por metro quadrado e o
principal: a diferença entre molhar e irrigar.
“ Esse sistema
traz vários benefícios, entre eles a quebra da sazonalidade, ou seja, o
homem do campo vai poder produzir o ano todo sem depender exclusivamente
da chuva. Molhar um terreno é muito fácil, mas irrigar e trazer água
na quantidade certa, que a planta necessita exige calculo e técnica.
Posso afirmar que esses alunos aprenderam muito bem a lição e estão
aptos a ingressarem no mercado de trabalho. Hoje temos muitos
profissionais qualificados para a área”, afirmou o engenheiro agrônomo e
instrutor curso, Ricardo Lucas Bastos Machado.
A região
escolhida para ser ministrado o curso é agraciada por ter o rio bem
próximo. Isso facilita os trabalhos dos novos técnicos em irrigação que
já fazem planos para o futuro. Galdêncio, é morador da região, tem
apenas 18 anos, e já participou de dois cursos de qualificação. O
primeiro foi de Hortaliça e com mais este de irrigação, o jovem
pretende aumentar a área já cultivada e num prazo de 60 dias começar a
colher os frutos do trabalho.
“ Nessa área aqui não era
cultivado nada. E agora temos tudo isso! Eu já tinha visto alguns
exemplos desse sistema e com o curso de hortaliça e agora de irrigação
melhorei muito o meu currículo. Eu aprendi a diversificar a plantação e
em 60 dias vamos vender obtendo bons lucros. Não vamos ficar só nisso,
não. Vamos aumentar nossa área”, disso o aluno Galdêncio Nascimento de
Albuquerque.
Levar conhecimento para outras localidades e assim
melhorar a vida de toda a comunidade é o objetivo do aluno Antônio
Sousa. Ele é do povoado Santana, que fica na reserva extrativista
Chapada Limpa, área que vai receber o projeto alimentar II da prefeitura
de Chapadinha. O lavrador conta que não tinha conhecimento de como
funcionava o sistema de micro-extensão, mas depois das aulas, se sente
preparado para ajudar a comunidade com a implantação do projeto que vai
beneficiar a todos.
“ Eu não tinha conhecimento de como
funcionava, mas hoje eu já sei e vou levar esse conhecimento para minha
região. Agora eu sei que podemos produzir o ano inteiro e não vamos mais
ficar dependendo só das chuvas. Estou preparado para ajudar na
implantação do projeto alimentar II que vai para minha comunidade. Esse
curso foi minha primeira oportunidade de qualificação e aproveitei muito
bem”, disse o aluno Antônio Sousa Nunes.
Vê a alegria dos
jovens técnicos que estão se formando e fazendo planos para melhorar a
vida deles e de suas comunidades é o resultado do empenho do governo de
Ducilene Belezinha, que tem buscado parcerias para levar a qualificação
profissional ao homem do campo fazendo com que ele fique em sua região
produzindo cada vez melhor e em maior quantidade.
É o caso de seu
Alípio, que participou das aulas de hortaliça orgânica no ano passado,
lá no povoado Mangabeira. Hoje o lavrador em parceria com mais outros
vizinhos já contabilizam os números. A colheita da mandioca, prevista
para daqui um ano, subiu para quase 30 toneladas e o sistema empregado a
foi o de fileira simples. O milho em menos de três meses já vai ser
vendido. Mudança que o lavrador comemora graças ao apoio do governo
municipal, com envio de máquinas e técnicos para o local.
“ A
gente conseguiu aperfeiçoar o conhecimento que já tinha. Aqui são dois
hectares de área plantada que antes não rendia o que estamos calculando
colher. Vão ser quase 30 toneladas de mandioca e o dobro que já colhemos
de milho. Graças a nova técnica de plantio e também ao apoio da
secretaria de agricultura de Chapadinha”, disse o lavrador Alípio José
Rodrigues.
“ Aqui nós destacamos o sistema que eles estão
utilizando. A gente vê um sistema simples que não precisa de muitas
máquinas e que está dando certo. Antes eles plantavam mandioca e milho
tudo junto e um acabava atrapalhando a outra. Mas aqui tá tudo
organizado e eles vão lucra muito mais”, afirmou o monitor e coordenador
da Casa Familiar Rural, Francinaldo Lima de Araújo.
E o apoio
ao homem do campo não para por aí. Mais cursos já foram compactuados
para a zona rural e em breve a prefeitura vai anunciar quais regiões
serão beneficiadas. O objetivo é transformar Chapadinha em um município
produtor e estimular a permanência do homem do campo em seu local de
trabalho com dignidade e qualidade de vida.
“ Nós consideramos a
irrigação uma das ferramentas mais importantes na produção, pois isso
permite ao produtor cultivar e colher o ano inteiro. Já estamos nos
programando para trazer o projeto alimentar III para esta região e,
paralelamente a isso, já compactuamos mais cursos para a zona rural. O
objetivo do governo de Ducilene Belezinha é transformar nosso município.
Torná-lo em produtor com homens capacitados e detentores de novas
técnicas que aumentem e melhorem a produção e assim estimular sua
permanência no campo”, finalizou o secretário de assistência social.
ASCOM/PMC
Fotos: Fernando Carvalho/SEMAS
Fotos: Fernando Carvalho/SEMAS
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