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Lobão afirma que gasolina pode ficar ainda mais cara este ano

Ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, admite que o governo está analisando pedido da Petrobras para reajustar combustível ainda neste ano.
 Abastecer o carro com gasolina no Brasil deve ficar mais caro neste ano. Sob a alegação de prejuízos, por causa da defasagem entre os preços no país e no exterior, a Petrobras tem pressionado o governo para que autorize um reajuste. O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, compadeceu-se com os apelos da presidente da petroleira, Maria das Graças Foster, e, ontem, não só defendeu o aumento como garantiu que ele está em análise. As estimativas são de que apenas no ano passado a Petrobras tenha perdido mais de R$ 7 bilhões por não ter repassado a alta do petróleo no mercado internacional para as bombas dos postos.
Se para os consumidores a afirmação do ministro pode causar incômodo no bolso, para os investidores a fala tem tom de boa notícia e repercutiu positivamente na Bolsa de Valores de São Paulo (BMF&Bovespa).
As declarações de Lobão ocorreram uma semana após a presidente da Petrobras afirmar que o plano de negócios da empresa só teria viabilidade com reajustes dos preços da gasolina. “Nós temos preocupação com a Petrobras, sim, e é preciso entender que os preços dos combustíveis não sobem na bomba há mais de nove anos. O aumento que teve recentemente pela Cide não foi repassado ao consumidor”, disse o ministro durante um evento sobre energias renováveis na Rio+20, no Rio de Janeiro.

O investidor entendeu o recado de Lobão como possibilidade de reajuste ainda em 2012 e apostou nas ações da petroleira movido por tal expectativa. As ações ordinárias, que dão direito a voto nas decisões da companhia, subiram 4,82%. Já as preferências, que dão direito aos seus detentores de receberem dividendos primeiro que outros acionistas, saltaram 3,97%. Para os analistas, as reclamações da presidente da estatal e a fala do ministro tem fundamento. “Existe uma clara defasagem e isso traz distorções”, observou Alexandre Maia, economista-chefe da gestora de recursos Gap Investimentos. “A defasagem ainda é tolerável pela Petrobras, mas quando ela começar a operar o pré-sal definitivamente, os prejuízos vão crescer expressivamente”, alertou Felipe Chad, sócio-diretor da corretora DX Investimento.

Ações sobem
Apenas em 2011 o preço da gasolina subiu 10%. O consumidor, porém, não sentiu a alta no bolso porque o governo reduziu a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide). A absorção do reajuste pela Cide e a manutenção do preço da gasolina nas bombas foram parte de uma estratégia da presidente Dilma Rousseff para manter a inflação sob controle. O encarecimento dos combustíveis provoca aumento em cascata em produtos e serviços e isso atrapalharia o movimento de queda da taxa básica de juros (Selic), hoje em 8,50% ao ano. “Não desejamos complicar o problema da inflação. Esse (o reajuste) é um assunto que volta a todo momento. Estamos avaliando permanentemente e vamos ter uma conclusão em breve”, afirmou Lobão.

Diante da ingerência do governo, a Petrobras, além de queda no faturamento, amarga uma expressiva desvalorização de suas ações no mercado. Atualmente, segundo cálculos da corretora DX Investimentos, o valor da petroleira na BMF&Bovespa corresponde a aproximadamente 75% do seu patrimônio real. “A intervenção do governo na empresa tem um impacto na diferença entre o patrimônio e o valor em bolsa. O investidor sempre dá um desconto por causa dos riscos”, explicou. Com a alta dos papéis da estatal, a BMF&Bovespa fechou o dia com valorização de 1,78%, nos 57.195 pontos. O dólar comercial registrou queda de 1,44% e terminou o pregão cotado a R$ 2,027 para venda

Fonte:O Imparcial

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