Retrato do caos – Roseana Sarney está
sendo derrotada pelo crime organizado que impera nos presídios do
Maranhão, sem que o governo até agora tenha tomado alguma atitude para
impedir a selvageria que tomou conta do sistema penitenciário local.
Na
quinta-feira (2), o Sistema Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís,
possivelmente o mais violento do estado, registrou a segunda morte em
apenas doze horas. O que mostra que se nada for feito para conter essa
onda de violência intramuros o saldo de homicídios cometidos contra
internos do sistema prisional maranhense deve ser, em 2014, superior ao
do ano passado, quando alcançou a incrível marca de sessenta mortos, de
acordo com relatório do Conselho Nacional de Justiça divulgado na última
semana.
A
ousadia dos presos, invariavelmente ligados a facções criminosas, é
tamanha que nem mesmo a presença de policiais militares na parte interna
dos presídios tem inibido a ação dos marginais. Isso evidencia que o
desgoverno de Roseana Sarney perdeu o controle da segurança interna do
sistema penitenciário estadual, situação que exige uma imediata
intervenção federal.
Muito
estranhamente, o governo da presidente Dilma Rousseff vem mantendo um
estranho silêncio diante do caso, pois o líder do grupo político que
ainda manda Maranhão, senador José Sarney (PMDB-AP), é um dos pilares da
chamada base de apoio ao Palácio do Planalto no Congresso Nacional. Não
custa lembrar que Sarney, na última semana, em entrevista à Rádio
Mirante, de propriedade da “famigilia”, disse que era preciso comemorar o
fato de a violência que domina o sistema prisional não ter chegado às
cidades do Maranhão, em especial a capital São Luís.
Fosse
o Maranhão governado por algum político vinculado a partido de
oposição, certamente o Palácio do Planalto já teria acionado a sua
gazeta de ocasião. Só não o fez até agora porque Dilma Rousseff precisa
aprovar no Congresso muitas matérias de interesse do governo e que
servirão como sustentáculos de sua campanha à reeleição.
Controlando
a política local há cinco décadas, o que transformou o Maranhão no mais
miserável estado brasileiro, a “famiglia” Sarney conseguiu instalar no
estado uma versão nacional do Apartheid, regime de segregação que
durante anos reinou na África do Sul.
Miséria e escambo
O
descontrole do governo comandado por Roseana Sarney é tão evidente, que
até mesmo nas ruas as autoridades não mais conseguem evitar crimes de
todos os naipes. A situação de miséria que domina o estado nordestino é
muito preocupante, pois a miséria tem empurrado muitos cidadãos ao
universo do crime.
Para
que o leitor consiga avaliar a extensão do caos que se espelhou pelo
Maranhão, uma terra quase sem lei, há dias uma mulher foi assaltada em
São Luís quando voltava do trabalho. O ladrão aproximou-se com uma faca
na mão e exigiu que lhe entregasse dinheiro e celular.
Como
a miséria é devastadora nos domínios dos Sarney, os criminosos menos
violentos que estão à solta aceitam até mesmo negociar com a vítima. No
caso em questão, a mulher abordada pelo meliante acabou dando apenas R$
20, ficando com o restante do salário e o celular. Ao final da ação, o
marginal pediu desculpas pelo crime e explicou a razão de ter agido fora
da lei.
Essa
situação, que não deve ser repetida por nenhum cidadão que se depara
com um criminoso, reflete o fiasco em que se transformou o governo de
Roseana Sarney, representante de um grupo elitista que vive de forma
nababesca, como fosse um oásis de riqueza em meio ao deserto formado
pela areia da miséria e da impunidade.
É
preciso que o eleitor maranhense não mais se curve a esse clã que faz
inveja às organizações mafiosas e faça valer a sua vontade nas eleições
de outubro próximo. José Sarney et caterva precisam ser varridos cm
urgência da política maranhense, antes que o estado se transforme em
monumento à degradação humana.
Fonte: ucho.info
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