De acordo com o oficial, que não teve o nome revelado, comunicações
interceptadas nos últimos dias indicam que Pyongyang está planejando
lançar mísseis balísticos nos próximos dias ou semanas, e ainda não se
sabe se os mísseis serão um teste ou um ataque.
As informações foram divulgadas após o ministro da Defesa sul-coreano,
Kim Kwan-jin, afirmar a um comitê parlamentar em Seul que o Norte moveu
um míssil de médio alcance para sua costa leste, que poderia ser usado
para atingir a base americana de Guam, no Pacífico. A Coreia do Norte
ameaçou em várias ocasiões atacar a base, um território não incorporado
dos EUA que se encontra a cerca de 3.200 km de Pyongyang, e que poderia
ser alcançado por mísseis norte-coreanos como o Musudan.
A movimentação fez com que, nesta quarta-feira (3), o Pentágono anunciasse o envio de um sistema antimísseis para a ilha de Guam. Conhecido
como THAAD (Terminal de Defesa de Alta Altitude), o sistema que os
Estados Unidos levarão para a ilha nas próximas semanas é o único até o
momento capaz de destruir mísseis de alcance curto e intermediário tanto
dentro como fora da atmosfera terrestre.
O movimento dos mísseis norte-coreanos é uma preocupação para os EUA e
Japão, disse à CNN Mark Fitzpatrick, diretor do programa de não
proliferação e desarmamento do Instituto Internacional para Estudos
Estratégicos, em Londres.
"Provavelmente, levará duas semanas até que o míssil seja preparado", o
que significa que um possível ataque poderia coincidir com o
aniversário do falecido líder Kim Il-sung, no dia 15 de abril.
Enquanto isso, a tensão entre os dois vizinhos da península continua
alta no complexo industrial de Kaesong, único projeto conjunto de
cooperação situado na Coreia do Norte, depois que o regime de Kim
Jong-un proibiu, pelo segundo dia consecutivo, o acesso de sul-coreanos
ao local.
Fonte: R7.com
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