O novo corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Francisco
Falcão, disse nesta quinta-feira (6), antes da posse no cargo, que vai
atuar para tirar "meia dúzia de vagabundos" do Judiciário.
"A maioria dos juízes é de pessoas boas. Nós temos uma meia dúzia de
vagabundos, e, essas pessoas, precisamos tirar do Judiciário. As maçãs
podres é que precisamos retirar", afirmou Falcão após coletiva de
imprensa antes da posse. Ele ficará no lugar de Eliana Calmon e o
mandato terá duração de dois anos.
Eliana, que teve uma gestão repleta de polêmicas no comando da
corregedoria, havia afirmado que há "bandidos de toga" na Justiça
brasileira. A declaração abriu um conflito com o então presidente do
Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, que se aposentou na semana
passada.
Durante conversa com jornalistas, ele firmou que vai atuar com "mão de
ferro" na corregedoria do CNJ para investigar juízes suspeitos de
irregularidades.
"Essa batalha está ganha e a ministra Eliana Calmon é a grande
vitoriosa. O papel do CNJ é irreversível", disse Falcão. "Tenha certeza
que, quem estiver pensando que com a saída de Eliana vai modificar, está
muito enganado, vai continuar tudo do mesmo jeito", completou.
Francisco Falcão afirmou, porém, ter "estilo diferente" de Eliana. Eu
sou mais mediador. Nós temos estilos diferentes. Somos muito amigos, mas
temos estilos diferentes. Mas no fundo o rigor será o mesmo", afirmou.
Perguntado se o estilo "polêmico" de Eliana causou conflitos entre os
poderes, ele afirmou: "Ele teve o estilo dela e deu certo. Eu tenho o
meu e peço a Deus que dê certo."
Gestão
O ministro afirmou que pretende uniformizar a gestão e os procedimentos de investigação interna dos tribunais brasileiros. “Vamos incentivar o fórum de corregedores para que tenhamos uma postura geral para todo o país, de modo que o tribunal do Amazonas tenha a mesma política que o tribunal do Rio de Janeiro, o tribunal de São Paulo. Hoje, nos tribunais, cada um tem sua política de informática, sua política administrativa. Temos que uniformizar para que o tribunal seja uno.”
O ministro afirmou que pretende uniformizar a gestão e os procedimentos de investigação interna dos tribunais brasileiros. “Vamos incentivar o fórum de corregedores para que tenhamos uma postura geral para todo o país, de modo que o tribunal do Amazonas tenha a mesma política que o tribunal do Rio de Janeiro, o tribunal de São Paulo. Hoje, nos tribunais, cada um tem sua política de informática, sua política administrativa. Temos que uniformizar para que o tribunal seja uno.”
No discurso de posse, Falcão afirmou que assume "com plena convicção da responsabilidade que o cargo impõe".
"Recebo essa investidura como verdadeira missão que enriquece minha
trajetória. Representa um enorme desafio e impõe enormes
responsabilidades."
Falcão afirmou que seus atos "serão balizados pelo interesse público".
"Não tergiversarei quando a imposição da sanção se fizer necessária",
completou.
Perfil
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão tem 60 anos e há 13 é ministro do STJ. Ele foi nomeado no cargo pela presidente Dilma Rousseff após ser aprovado em sabatina no Congresso Nacional.
O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Francisco Falcão tem 60 anos e há 13 é ministro do STJ. Ele foi nomeado no cargo pela presidente Dilma Rousseff após ser aprovado em sabatina no Congresso Nacional.
O magistrado será o quinto corregedor do CNJ, criado em 2004 e composto por 15 integrantes.
Francisco Falcão iniciou a carreira como advogado e entrou para
magistratura em 1989 ao ser indicado para o extinto Tribunal Federal de
Recursos. Depois, foi para o Tribunal Regional Federal da 5ª Região,
onde chegou a presidente. Em 1999, foi nomeado no STJ.
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Fonte:G1.globo.com
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