A menina Isabela, que nasceu há três dias após a mãe morrer ao ser atingida por um caminhão, em Goiânia, possui um encurvamento na tíbia direita, informou nesta sexta-feira (7) o Hospital Materno Infantil (HMI), onde ela está internada. A recém-nascida passa bem, mas só deve receber alta médica na próxima semana.
Constatada em um exame de raio-X, a deformidade no osso pode ter sido
causada durante a gestação ou com o impacto do nascimento durante o
acidente. "Acreditamos que o encurvamento foi causado pela forma que ela
nasceu, mas isso nós não temos como saber", explicou ao G1 o diretor-técnico do hospital, o pediatra Ivan Isaac.
A menina foi avaliada por ortopedistas da unidade de saúde logo após o
problema ser constatado. “Não tem urgência de tratar agora. Os
ortopedistas já avaliaram. Agora temos que nos preocupar que ela mame,
tome vacina e cresça bem”, afirmou o diretor-técnico do hospital.
Ivan Isaac explica que, em alguns meses, ela vai ser reavaliada por
ortopedistas. De acordo com o diretor do HMI, o encurvamento na tíbia
pode ser corrigido espontaneamente com o desenvolvimento da criança.
Caso isso não aconteça, há dois tipos de tratamento. “Podemos corrigir
com gesso ou com cirurgia. Nos dois casos, é preciso anestesia geral”,
adianta.
Encaminhada para a unidade desde que nasceu, na terça-feira (4),
Isabela não sofreu nenhuma lesão grave. Além do encurvamento, ela teve
duas fraturas ósseas, uma na clavícula e uma na testa, ambas do lado
esquerdo. Na quinta-feira (6), a criança foi transferida do Pronto
Socorro Pediátrico para a enfermaria da Clínica de Pediatria.
No 8º mês de gestação, a mãe de Isabela, Antônia Dulcimar Batista, de
27 anos, morreu no momento do acidente e o bebê nasceu com o impacto da
colisão. A mulher estava em uma motocicleta com o marido, Vladimir Lopes
Oliveira, de 29 anos, quando o casal foi atropelado por um caminhão.
O pai da recém-nascida, que conduzia a motocicleta, chegou a ser
socorrido consciente e levado ao Hospital de Urgências de Goiânia
(Hugo). No entanto, ele morreu durante procedimento cirúrgico na unidade
de saúde.
Vídeos
Imagens feitas por câmeras de segurança mostram o momento do acidente, na terça-feira (4). Em uma motocicleta, o casal estava parado na frente de uma carreta em um semáforo na Avenida Santa Maria, no Residencial Cidade Verde.
Imagens feitas por câmeras de segurança mostram o momento do acidente, na terça-feira (4). Em uma motocicleta, o casal estava parado na frente de uma carreta em um semáforo na Avenida Santa Maria, no Residencial Cidade Verde.
No vídeo, é possível perceber quando uma caminhão em alta velocidade
atinge a carreta, que por sua vez atropela a motocicleta. Antônia e
Vladimir estavam a caminho de uma unidade de saúde para marcar a última
consulta do pré-natal.
Um cinegrafista amador registrou a vítima com o bebê ao lado. Ele
também gravou o momento em que a equipe do Samu chegou ao local. Ao
perceber que a mãe tinha chances remotas de sobreviver, os socorristas
atenderam primeiro o bebê.
Investigação
O caminhoneiro que causou o acidente, de 36 anos, fugiu, mas voltou ao local da colisão com um advogado. Ele prestou depoimento na Delegacia Especializada em Investigações de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict) no final da manhã de terça-feira. O motorista não ficou detido porque se apresentou espontaneamente à Polícia Civil. O teste de bafômetro apontou que ele não estava embriagado no momento do acidente.
O caminhoneiro que causou o acidente, de 36 anos, fugiu, mas voltou ao local da colisão com um advogado. Ele prestou depoimento na Delegacia Especializada em Investigações de Crimes de Trânsito de Goiânia (Dict) no final da manhã de terça-feira. O motorista não ficou detido porque se apresentou espontaneamente à Polícia Civil. O teste de bafômetro apontou que ele não estava embriagado no momento do acidente.
A delegada responsável pelo caso, Silvana Nunes Ferreira, informou ao G1
nesta sexta-feira (7) que aguarda o laudo pericial para concluir o
inquérito. "No depoimento das testemunhas não houve divergência. Só com a
perícia poderemos concluir se houve problema mecânico nos freios ou se o
caminhoneiro foi imprudente", afirma.
Do G1.com
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