Um vídeo gravado por um colega de classe mostra um aluno sendo
humilhado pela professora de artes em escola municipal da zona leste de
São Paulo. A docente chama aos gritos o estudante de burro e nojento,
além de mandá-lo ficar de cabeça baixa. A filmagem foi feita há um mês,
mas a mãe do estudante humilhado, Maria Bento, só teve acesso ao vídeo
nos últimos dias. Uma amiga de Maria viu o vídeo e identificou o garoto.
— Fiquei com raiva. Você gritar com seu filho é uma coisa, agora você
ver uma pessoa fazendo isso, gritando, fazendo ele passar vergonha na
frente das outras crianças dá raiva.
O estudante do quinto ano já dava sinais de que algo estava acontecendo na escola.
— Ele fazia de tudo pra perder a hora e não ir para escola.
O estudante conta que a professora tem o costume de gritar muito em
sala de aula. Depois de ver o vídeo e conversar com o filho, Maria
procurou a escola.
— Quem atendeu o telefone falou “faz o que você achar melhor”. Eu já estava com raiva, e publiquei o vídeo na rede.
Com a filmagem na internet e dezenas de comentários contra a atitude da
professora, a escola chamou a mãe do aluno para uma reunião. Ela foi
orientada a retirar as imagens das redes sociais e recebeu um telefonema
da própria professora.
— Ela falou que nem ela mesma se reconhecia, que estava passando por
um problema pessoal. Perguntei então porque ela não pediu um
afastamento, e ela me disse que fez aquilo como uma forma de repreender
ele.
A psicopedagoga Maria Irene Maluf afirma que a agressão verbal
envolvendo aluno e professora quebra uma relação de respeito que deveria
prevalecer entre os dois.
— Cabe ao professor, até muito mais do que aos pais, ser um modelo
tanto na transmissão do conhecimento quando em relação ao comportamento,
do controle emocional, da pertinência as questões sociais, ao respeito,
aos valores.
Depois dessa situação o aluno precisa ser preparado para retornar às
aulas. O mais importante é não permitir que a situação se repita.
— O professor tem que entender que ele está agindo sobre a mente e
cérebro da criança, comportamento, aprendizado. Ele tem que ser um
modelo, precisa ter o controle da situação.
Em nota, a diretoria de educação de Guaianazes, região da escola
afirmou estar em “processo de apuração, junto à diretoria da escola,
para total esclarecimento dos fatos”.
A mãe do estudante foi chamada para uma nova reunião na escola.
— Eu quero que ela saia da escola. Se ela esta com problemas não deve continuar trabalhando com crianças.
Do r7.com
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