A Nestlé está em "alerta" em razão
do surto do vírus ebola na áfrica Ocidental, onde há importante produção
de cacau. A informação é do executivo-chefe da Nestlé, Paul Bulcke.
Segundo ele, "esse surto afeta a nós e a sociedade em geral", afirmou
em teleconferência com analistas após a divulgação dos resultados
financeiros da companhia.
A Nestlé não possui fábricas em Serra Leoa, Guiné ou Libéria, os mais
afetados pelo ebola, mas tem ajudado a Cruz Vermelha no combate ao
vírus, com doação recente de 100 mil francos suíços (US$ 106 mil).
O objetivo é evitar que a doença chegue à Costa do Marfim e Gana,
vizinhos à região epidêmica e principais produtores mundiais da amêndoa,
que respondem por mais da metade da oferta global – matéria-prima do
chocolate.
A Organização Munidal da Saúde, OMS, divulgou nesta quarta-feira (15)
novo balanço de casos de ebola no mundo. Segundo a agência das Nações
Unidas, foram confirmados 8.997 contaminações pelo vírus em sete países e
4.493 mortes.
A maior parte dos casos de contágio ocorreram em Guiné, Libéria e
Serra Leoa, na África Ocidental. Nigéria, Senegal, Espanha e Estados
Unidos também tiveram notificações. Os números referem-se ao dia 12 de
outubro. A Libéria continua sendo o país com maior número de
ocorrências, seguido de Serra Leoa e Guiné.
O relatório não contabiliza o segundo caso de ebola autóctone dos
EUA, que foi divulgado nesta quarta pelas autoridades do Texas. Uma
segunda enfermeira, que cuidou do paciente liberiano Thomas Eric Duncan,
morto há uma semana, contraiu a doença e está internada em Dallas.
A funcionária do hospital Texas Health Presbyterian, Amber Joy
Vinson, deve ser transferida ainda nesta quarta para Atlanta. Ela deve
ficar em observação no hospital universitário Emory.
Entenda a enfermidade
O ebola é uma doença grave causada por vírus. Ela é muitas vezes caracterizada pelo início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Depois vêm vômitos, diarreia, funções hepática e renal deficientes, erupções cutâneas, e, em alguns casos, sangramentos internos e externos, com interrupção do funcionamento dos órgãos.
O ebola é uma doença grave causada por vírus. Ela é muitas vezes caracterizada pelo início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça e dor de garganta. Depois vêm vômitos, diarreia, funções hepática e renal deficientes, erupções cutâneas, e, em alguns casos, sangramentos internos e externos, com interrupção do funcionamento dos órgãos.
Não há medicamentos ou terapias específicas contra o ebola já
aprovadas. Os pacientes recebem cuidados gerais para aliviar sintomas,
como medicamento contra febre, hidratação e alimentação contínua. Há
algumas terapias experimentais como a transfusão de sangue de pacientes
que se curaram do ebola e drogas experimentais como ZMapp, TKM-Ebola,
Brincidofovir e BCX4430, que ainda não passaram por todas as fases de
pesquisa necessárias para aprovação.
Fonte: G1
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