No terceiro debate presidencial deste segundo turno, promovido
pela Rede Record às 22h deste domingo (19/10), o candidato à presidência
da República, Aécio Neves (PSDB), poderá explicar por que tenta
censurar a campanha do Sind-UTE/MG (Sindicato Único dos Trabalhadores em
Educação de Minas Gerais). O tucano moveu nada menos de 23 processos
para impedir a campanha sindical de comunicado à população sobre os
problemas da Educação em Minas Gerais, quando foi governador.
A campanha do Sind-UTE não cita nominalmente nenhum candidato das
eleições deste ano, tampouco faz menção a algum partido, apenas
dirigindo questionamentos ao governo do Estado de Minas Gerais a
respeito da falta de investimentos na Educação e desvalorização dos
professores. No entanto, Aécio ingressou com ações no TRE-SP (Tribunal
Regional Eleitoral de Minas Gerais) com intuito de calar a entidade
sindical.
O sindicato realiza anualmente a campanha, uma vez que os governos do
PSDB em Minas Gerais têm prática de censura à imprensa e controle de
órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público mineiro, TCE (Tribunal
de Contas do Estado) e contam subserviência da Assembleia Legislativa.
Justamente em 2014, ano de disputa pelo comando do Palácio do Planalto,
Aécio decide calar as entidades sindicais.
Entre os conteúdos da publicidade, há questionamentos por que Aécio
não investiu na Educação o mínimo de 25% dos cofres públicos exigido
pelo artigo 212 da Constituição Federal, a razão do tucano não pagar o
piso salarial aos docentes (e usar de manobras para mentir à população
de que paga o piso) e por qual razão Minas Gerais tem mais da metade dos
alunos concluídos no Ensino Médio sem nível de suficiência nas
disciplinas de Português e Matemática.
Oras, se Aécio deixou a Educação Básica de Minas Gerais como a melhor
do Sudeste, como diz a sua propaganda eleitoral neste segundo turno,
então por qual razão tenta calar seus opositores? Para quem diz que
combateu o regime militar ao lado do avô Tancredo Neves, o tucano usa
dos mesmos instrumentos para esconder escândalos e irregularidades: a
censura.
Por isso, pense bem em quem votar no dia 26 de outubro. O eleitor
estará entre dois caminhos: seguir com as mudanças ao lado da presidenta
Dilma Rousseff (PT) ou caminhar para um futuro obscuro com Aécio.
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