Policiais da 26ª DP (Todos os Santos) prenderam em flagrante, na noite
desta quinta-feira (6), Dione Mariano da Silva, de 24 anos, suspeito de
ter roubado a mulher que admitiu ter se enganado ao apontar o ator
Vinicius Romão como assaltante. Dione tem passagens por furto e estava
com um revólver, apreendido. Ele foi autuado por porte ilegal de arma.
Na delegacia, Dione Mariano da Silva negou que seja o autor do crime, mas confessou que é viciado em cocaína e é usuário de maconha. Ele disse que é morador de rua e dorme na Rua Piauí, no bairro Todos os Santos, no Subúrbio. A família do suspeito mora em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. "É uma injustiça, estou sendo acusado de uma coisa que não fiz. A vítima não veio até agora me reconhecer", disse Dione.
Na delegacia, Dione Mariano da Silva negou que seja o autor do crime, mas confessou que é viciado em cocaína e é usuário de maconha. Ele disse que é morador de rua e dorme na Rua Piauí, no bairro Todos os Santos, no Subúrbio. A família do suspeito mora em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. "É uma injustiça, estou sendo acusado de uma coisa que não fiz. A vítima não veio até agora me reconhecer", disse Dione.
Os agentes chegaram até os pertences de Dione e encontraram um par de tênis; em um deles foi achado um revólver com munição.
O delegado titular da 26ª DP, Marcelo Ambrósio, disse que ainda não há a
confirmação de que Dione foi responsável pelo furto da copeira, mas que
ele foi preso por porte arma. Dalva Moreira será chamada à delegacia
para fazer o reconhecimento. "Ninguém está afirmando que ele roubou
aquela senhora [Dalva], tudo leva a crer que tenha sido ele, mas são as
investigações da 25ª DP (Engenho Novo) que vão dizer se realmente foi
ele. Inclusive a vítima, quando reconheceu na 25ª DP, pode ter se
equivocado, porque a semelhança é grande", disse Ambrósio.
O delegado acredita que com a divulgação da imagem do suspeito, outras
vítimas possam comparecer à delegacia para prestar queixa de roubos
praticados por ele. Dione Mariano esteve preso por furto entre 25 de
março de 2013 e 13 de abril de 2013.
Arma de fogo
Sobre a arma encontrada no tênis que supostamente pertence a Dione Mariano, o delegado disse que não poderá fazer perícia porque o policial que encontrou o revólver pegou o objeto com as mãos.
Arma de fogo
Sobre a arma encontrada no tênis que supostamente pertence a Dione Mariano, o delegado disse que não poderá fazer perícia porque o policial que encontrou o revólver pegou o objeto com as mãos.
Ator preso por engano
O ator e vendedor Vinícius Romão de Souza foi preso após ser acusado por uma mulher de tê-la assaltado e ficou 16 dias preso na Cadeia Pública Patrícia Acioli, em São Gonçalo, Região Metropolitana. A copeira Dalva Moreira da Costa o reconheceu por engano no dia do crime. Após assumir o erro, ela pediu perdão pela acusação, durante o programa "Encontro com Fátima Bernardes", no dia 27.
O ator e vendedor Vinícius Romão de Souza foi preso após ser acusado por uma mulher de tê-la assaltado e ficou 16 dias preso na Cadeia Pública Patrícia Acioli, em São Gonçalo, Região Metropolitana. A copeira Dalva Moreira da Costa o reconheceu por engano no dia do crime. Após assumir o erro, ela pediu perdão pela acusação, durante o programa "Encontro com Fátima Bernardes", no dia 27.
"Em primeiro lugar, quero pedir perdão. Estou pedindo ao Espírito Santo
para tirar toda mágoa, toda tristeza e toda depressão do seu coração. E
dizer que Deus é fiel e que estou aqui reconhecendo o meu erro",
contou, por telefone.
Durante a entrevista, Vinícius explicou a situação que o levou para a
cadeia. Ele confessou ter ficado com medo de reagir à prisão injusta por
parte da polícia. “Eu estava voltando para casa e fui abordado. Não
esbocei nenhuma reação porque se eu corresse ou confrontasse talvez não
estaria aqui hoje relatando o que aconteceu”, disse.
O jovem de 26 anos foi solto na quarta-feira (26) e contou como foi a
primeira noite em casa, após duas semanas dividindo a cela com mais de
10 detentos. “Eu não consegui dormir, vi os vídeos de tudo o que
aconteceu porque eu não sabia de nada. Fiquei sabendo que meus amigos
estavam lá na segunda, quando os policiais me contaram que eu estava
aparecendo na televisão e que meus amigos estavam se mobilizando”,
contou.
Ator perdoa acusação
Poucas horas depois de sair da cadeia, Romão falou com jornalistas no playground de seu prédio, no Méier, Zona Norte do Rio. Na ocasião, ele reencontrou amigos, que gritavam seu nome, emocionados. Sobre a copeira Dalva Moreira da Costa, que o acusou, ele disse que ela errou e que a perdoa. Ele disse ainda que é preciso descobrir outros "Vinícius".
Poucas horas depois de sair da cadeia, Romão falou com jornalistas no playground de seu prédio, no Méier, Zona Norte do Rio. Na ocasião, ele reencontrou amigos, que gritavam seu nome, emocionados. Sobre a copeira Dalva Moreira da Costa, que o acusou, ele disse que ela errou e que a perdoa. Ele disse ainda que é preciso descobrir outros "Vinícius".
"Tem muitos Vinícius lá dentro. Meus amigos lutaram por mim aqui fora,
coisa que eu não podia fazer. Se não fosse por eles, estaria apodrecendo
lá como muitas pessoas estão", agradeceu, sem mágoas da copeira. “Eu
não guardo rancor. Ela foi vítima. Pelo que ela diz, foi assaltada,
estava nervosa e infelizmente me confundiu. Eu vou ter oportunidade de
falar com ela. Só quero dizer que perdoo ela e ela pegou o cara errado”,
completou.
Para o ator, o momento mais difícil de toda a história foi quando foi
abordado pelo policial na hora do assalto. "Ele apontou a arma pra mim.
Foi a parte mais revoltante."
Condições 'desumanas'
Vinícius denunciou condições "desumanas" na cadeia e contou que ficou em uma cela com cerca de 15 detentos, presos por tráfico de drogas e pela Lei Maria da Penha, e dormiu no chão, em papelões. "Eu falei que era neutro e fiquei num lugar que não tinha facção", explicou. "Meu maior medo foi que fizessem alguma coisa comigo, mas não pelo pessoal do meu convívio. Preferi ficar junto com outras pessoas e não queria ficar sozinho numa cela [tinha direito por ter diploma de curso superior]."
Vinícius denunciou condições "desumanas" na cadeia e contou que ficou em uma cela com cerca de 15 detentos, presos por tráfico de drogas e pela Lei Maria da Penha, e dormiu no chão, em papelões. "Eu falei que era neutro e fiquei num lugar que não tinha facção", explicou. "Meu maior medo foi que fizessem alguma coisa comigo, mas não pelo pessoal do meu convívio. Preferi ficar junto com outras pessoas e não queria ficar sozinho numa cela [tinha direito por ter diploma de curso superior]."
Um oficial de Justiça levou o alvará de soltura à casa de detenção,
onde amigos e parentes também o aguardavam. O ator ficou preso em uma
cela com mais 15 detentos. A chegada do alvará de soltura atrasou por falta de luz na Central de Mandados de Alcântara, em São Gonçalo.
No dia 25, a 33ª Vara Criminal do Rio concedeu habeas corpus a Romão,
depois que a copeira Dalva Moreira da Costa, vítima do roubo, afirmou em
novo depoimento na 25ª DP (Engenho Novo) que se enganou ao fazer o
reconhecimento do ator como o suposto ladrão. Após ouvir o depoimento, o
titular da delegacia, delegado Niandro Lima, pediu à Justiça do Rio
habeas corpus para o ator.
Mesmo após conseguir a liberdade, Vinícius Romão terá de responder a processo por roubo.
Prisão é investigada
A Corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro vai investigar se houve irregularidades na prisão do ator. As condutas do policial Waldemiro Nunes de Frietas Junior, que trabalha na 11ª DP (Rocinha), e do delegado que estava de plantão no dia, Willian Lourenço Bezerra, serão analisadas.
A Corregedoria da Polícia Civil do Rio de Janeiro vai investigar se houve irregularidades na prisão do ator. As condutas do policial Waldemiro Nunes de Frietas Junior, que trabalha na 11ª DP (Rocinha), e do delegado que estava de plantão no dia, Willian Lourenço Bezerra, serão analisadas.
Vinicius disse que o advogado vai cuidar de uma possível ação, mas não
confirmou se vai processar. "Eu acho que eu tinha que ligar na hora do
ocorrido, mas não consegui, só no dia seguinte", disse.
Copeira volta atrás
A reviravolta no caso ocorreu com o depoimento de Dalva. Ela disse que pensou em ir à polícia no dia seguinte para retirar a queixa, mas não tinha dinheiro para a passagem. "Ela admite a hesitação no primeiro reconhecimento dele, o que é natural, porque foi uma ação violenta e ela pode ter se
Copeira volta atrás
A reviravolta no caso ocorreu com o depoimento de Dalva. Ela disse que pensou em ir à polícia no dia seguinte para retirar a queixa, mas não tinha dinheiro para a passagem. "Ela admite a hesitação no primeiro reconhecimento dele, o que é natural, porque foi uma ação violenta e ela pode ter se
confundido", explicou Niandro. O delegado disse também que
não acredita em má-fé. "Ninguém dos dois teria interesse em prejudicar
uma pessoa inocente."
Pai aliviado
O pai de Vinícius, Jair Romão falou sobre como reagiu ao saber da notícia da liberdade do filho. "Graças a Deus, ocorreu tudo bem, como eu esperava. Em momento algum eu admitia ele ter sido o culpado de cometer esse roubo", disse, sem saber explicar como vai reagir ao reencontrá-lo. "Ah, emoção a gente só pode dizer no momento o que vai ocorrer."
O pai de Vinícius, Jair Romão falou sobre como reagiu ao saber da notícia da liberdade do filho. "Graças a Deus, ocorreu tudo bem, como eu esperava. Em momento algum eu admitia ele ter sido o culpado de cometer esse roubo", disse, sem saber explicar como vai reagir ao reencontrá-lo. "Ah, emoção a gente só pode dizer no momento o que vai ocorrer."
O G1 teve acesso ao registro de ocorrência do caso. No
registro, a vítima contou que após o assalto o homem teria pulado o
muro da estação de trem para fugir e que dentro da bolsa roubada havia a
quantia de R$ 10, um crachá, um celular e documentos. Ela contou que o
homem estava de camiseta e bermuda preta, era negro e tinha o cabelo
estilo black power.
No registro de ocorrência, o policial militar que fez a prisão afirma
que nenhum pertence da vítima foi encontrado com o ator. "No depoimento,
o policial disse que o Vinicius tinha passado o material para uma
pessoa conhecida como 'Braço', só para justificar a prisão dele, mas não
fez nenhuma diligência para procurar essa pessoa", disse Jair Romão.
Do G1
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