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Preço da gasolina pode chegar a R$ 3 reais em São Luís

O preço do combustível deve aumentar outra vez. O Governo Federal divulgou os índices de 6,6% para a gasolina e 5,4% para o diesel, na última terça-feira. Condutores já se mostram apreensivos com este que será o segundo aumento em menos de um mês. No último dia 18, os postos fizeram um reajuste dos valores, que pegou consumidores de surpresa. Da média de R$ 2,35 a gasolina subiu para R$ 2,80. Agora, se o índice do governo for acatado, o valor pode ultrapassar os R$ 3, considerando a prática diferenciada de preços pelos postos.

A reportagem percorreu alguns postos e constatou a diferença de média de R$ 15 de um a outro, no valor do produto. No posto da Avenida Cajazeiras, Centro, a gasolina era vendida por R$ R$ 2,88; o álcool por R$ 2,79; e o diesel por R$ 2,19. Já um pouco mais à frente, no Posto BR Renascença, os preços praticados eram R$ 2,89, R$ 2,37 e R$ 2,17, respectivamente. A diferença no preço do álcool e diesel entre estes dois postos faz o consumidor andar um pouco mais para economizar na hora de abastecer. Os empresários do transporte público também sentirão os efeitos, pois os veículos são à base do óleo dieseis, que também teve aumento determinado.


A secretária Mariana Pimenta, 24 anos, já faz as contas do aumento que irá acarretar em seu orçamento. “Já fomos pegos com um aumento abrupto há menos de uma semana e aí, vem outro anúncio de reajuste. É um absurdo”, disse. Mariana relata que, em um dia, abasteceu em um posto do Turu por R$ 2,35 a gasolina, e, no dia seguinte, foi surpreendida com o valor de R$ 2,83. “Já aumentaram antes do anúncio do Governo. Quer dizer que vão ‘re-reajustar’?”, reclamou a consumidora.

Os donos de postos ainda não sabem se repassarão o aumento. Tudo depende do direcionamento das distribuidoras. “Ainda estamos com a remessa antiga do produto. Quando enchermos novamente as bombas, se a distribuidora aumentar para nós, teremos que repassar aos consumidores”, explicou a gerente de um posto no Renascença, Branca Serra. Ela informa ainda, que, enquanto estiver sendo comercializado o estoque antigo, não haverá aumento.

A reportagem procurou o Sindicato dos Revendedores de Combustível do Maranhão (Sindcomb-MA) e foi informada pelo gerente geral que apenas o presidente poderia falar em nome da instituição, mas está em viagem e só retorna em 10 dias, segundo informado pela gerência. A reportagem tentou contato em dois números pessoais do presidente Orlando Santos durante todo o dia, mas constavam como fora de área.

MANIFESTAÇÃO
Para protestar, consumidores realizaram manifestação, às 19h30 de ontem, em frente a um posto no bairro Cohama, nas proximidades da Batuque Brasil. Os participantes compravam o valor de R$ 0,50 em combustível e pediam nota fiscal. Ao pedir notas fiscais os empresários terão que pagar impostos que incidem sobre o documento, porém, por se tratar de baixo valor, eles terão perda pela emissão da nota. A manifestação culminou com carreata pelas avenidas da capital. O intuito da manifestação foi forçar os proprietários de postos de combustíveis a baixar os preços.

FISCALIZAÇÃO
Agentes da Agência Nacional de Petroléo (ANP) estiveram em São Luís, na última terça, realizando ação de rotina com objetivo de vistoriar estes produtos. A equipe esteve, na segunda-feira pela manhã, no Porto do Itaqui vistoriando distribuidores de produtos 'claros' (gasolina, oléo diesel e alcool); e à tarde, postos de combustíveis. O intuito foi avaliar as condições do material consumido e comercializado na capital. A ação foi de caráter preventivo, segundo a equipe da ANP.

No último dia 25, outra ação foi realizada em dois pontos no bairro do Anil e BR-135. Foram verificados desde a documentação dos postos, o preço do combustível, os lacres das máquinas, além do volume e qualidade dos combustíveis. Os fiscais encontraram bombas com lacres do InMetro rompidos e outras irregularidades como falta do extintor de incêndio, processo de transferência da gasolina de um posto para o outro e documentações pendentes. Os dois postos foram multados. Participaram da ação o Instituto de Metrologia e Qualidade Industrial do Maranhão (Inmeq/MA), Ministério Público, Procon, Polícia Federal e o Corpo de Bombeiros.

REAJUSTE
O aumento dos preços do combustível já era esperado, pois chegou a ser previsto na ata da última reunião do Conselho de Política Monetária (Copom) do Banco Central. O Banco, porém, previa um reajuste de até 5% e o aumento anunciado na última terça foi superior. Um dos fatores que influenciou na liberação do aumento foi o anúncio que a presidente Dilma Rousseff fez, na semana passada, da redução em 18% e 32% no valor final da energia elétrica, respectivamente, para as residências e a indústria/comércio. Aumentando os combustíveis haverá uma espécie de compensação na taxa de inflação.
Fonte: O Imparcial

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