Para ser bicampeão
continental, na década de 60, o Santos, de Pelé, desbancou o Peñarol, em
1962, e o Boca Juniors, em 63. Agora, a história
pode se repetir. Ano passado, o Peixe, de Neymar, venceu os uruguaios
para ser tricampeão. E o tetra pode vir após uma final com a temida
equipe argentina. O próprio Neymar já “viaja” com essa possibilidade.
Em entrevista coletiva nesta sexta-feira, no CT Rei Pelé, um dia após a dramática vitória
sobre o Vélez Sarsfield-ARG, nos pênaltis, pelas quartas de final da
Taça Libertadores, o jogador revelou que, embora respeite muito o
Corinthians, adversário santista na semifinal, e o Universidad de Chile,
que fará a outra semi com o Boca, acredita a história pode se repetir. E
com o mesmo final, claro.
- Posso estar
ficando meio maluco, mas vejo se repetir, sim. Em 2011, fomos campeões
em cima do Peñarol. Agora, temos condições de vencer o Boca. Claro que
respeito demais o Corinthians, um time fortíssimo. Mas estou aqui viajando na maionese: quem sabe isso tudo não pode acontecer de novo? - comentou o jogador.
Em
62, o Santos bateu o Peñarol em três jogos: no primeiro, em Montevidéu,
vitória por 2 a 1. Na Vila Belmiro, os uruguaios deram o troco: 3 a 2. A
finalíssima foi disputada na Argentina e o Peixe não deu chance ao time
de Pedro Rocha, Spencer e companhia, com um inapelável 3 a 0. No ano
seguinte, foi a vez do Boca Juniors se dobrar à frente do esquadrão
comandado por Pelé. Foram duas vitórias santistas: 3 a 2, no Maracanã, e 2 a 1, na Bombonera, em Buenos Aires.
Para o Santos chegar às finais,
seja contra o Boca ou contra o Universidad, seria importante também para
o meia Paulo Henrique Ganso. Isso porque, logo após a coletiva de
Neymar, uma notícia ruim foi confirmada: o camisa 10, que operou o
joelho direito nesta sexta-feira, terá de parar por um mês e desfalcará o
Peixe nas semifinais. Só voltará a jogar nesta Libertadores se o Peixe
avançar.
Vélez, o mais difícil
Neymar
acredita que o Vélez tenha sido o adversário mais difícil que ele já
enfrentou desde que subiu ao time principal do Peixe, em 2009. Por outro
lado, garante que, em nenhum momento, deixou de acreditar na
classificação. Como havia perdido o jogo de ida, na Argentina, por 1 a
0, o Peixe precisaria vencer por dois gols. Se devolvesse o 1 a 0,
levaria a disputa para os pênaltis. Foi o que aconteceu.
-
O Vélez é uma equipe muito qualificada, que sabe jogar fora de casa.
Eles se defenderam muito bem. Eu sabia que seria difícil, mas estava
confiante. Tanto que eu falei para o Kardec ficar atento que, uma hora, a
bola iria sobrar. Ele estava esperto e nos deu a vitória. Eu estava
muito bem marcado. O jogo era mesmo para o Kardec – admite.
Agora,
Neymar se prepara para se juntar à Seleção Brasileira que disputará uma
série de amistosos nos Estados Unidos. Ele e o goleiro Rafael viajam
neste sábado à noite.
Fonte: Meio Norte
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