Decisão faz parte do pacote de medidas
anunciado pela Anvisa e vale para mulheres com implantes das marcas PIP e
Rofil. Os produtos preenchidos com material impróprio têm maior risco
de ruptura
O presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, anunciou a medida após |
encontro com médicos e representantes do Ministério da Saúde
A troca dos implantes mamários preenchidos com material irregular
das marcas Poly Implant Prothese (PIP) e Rofil que apresentarem ruptura
será coberta tanto pelo Sistema Único de Saúde (SUS) quanto pelos
planos de saúde. A decisão faz parte do pacote de medidas anunciado
ontem pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), após
reunião com representantes do Ministério da Saúde, de Defesa do
Consumidor e das sociedades Brasileiras de Cirurgia Plástica e de Mastologia.
Segundo o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, na medida em que esse implante vazou, há o entendimento do governo de que esse procedimento passa a ser reparador. "O que significa tirar a prótese que tenha rompido e implantar uma nova. Esse procedimento poderá ser feito pelo SUS e será oferecido pelos planos de saúde porque também garantem a cirurgia reparadora", destacou. De acordo com ele, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha fechou ontem a orientação com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Res-ponsável pelos convênios, a ANS alega que a decisão ainda não foi formalizada.
Segundo o presidente da Anvisa, Dirceu Barbano, na medida em que esse implante vazou, há o entendimento do governo de que esse procedimento passa a ser reparador. "O que significa tirar a prótese que tenha rompido e implantar uma nova. Esse procedimento poderá ser feito pelo SUS e será oferecido pelos planos de saúde porque também garantem a cirurgia reparadora", destacou. De acordo com ele, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha fechou ontem a orientação com a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Res-ponsável pelos convênios, a ANS alega que a decisão ainda não foi formalizada.
As diretrizes que os planos de saúde deverão adotar no caso das próteses serão anunciadas nos próximos dias. Antes de realizar a troca, no entanto, as mulheres que utilizam os implantes que têm risco maior de ruptura deverão passar por avaliação médica e uma série de exame. As que não apresentarem o problema serão monitoradas. "Ainda falta definir como vai ser feita a chamada a essas mulheres para que elas façam esses exames e como vai se desenhar essa decisão, quais exames serão feitos e como o médico vai chegar à decisão para a troca da prótese", explicou Barbano. O vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia, Rodrigo Pepe, diz que provavelmente serão feitos um ultrasson de rastreamento, uma ressonância magnética, além da análise médica.
O protocolo com todas as informações para os procedimentos deve ser divulgado na próxima quarta-feira. Em 60 dias, a agência também colocará em funcionamento um cadastro em seu site para que mulheres com as próteses se identifiquem e relatem qualquer reação adversa. Além disso, entrará em funcionamento um registro nacional em que os cirurgiões deverão informar à Anvisa todos os procedimentos de implante mamário que realizarem.
Incineração
A agência estima que cerca de 19,5 mil pessoas tenham as próteses, sendo 12,5 mil da PIP e 7 mil da Rofil. Até ontem, a Anvisa havia recebido mais de 100 queixas contra a PIP. Dessas, 39 de ruptura. Os dados com relação às próteses da Rofil ainda não haviam sido fechados. A agência espera divulgar hoje quantas unidades dessa marca foram vendidas e receberam queixas. Também, a partir de hoje, começa a contar o prazo de 30 dias para recolhimento das unidades que ainda estão em estoque. Já foram entregues 10.680 unidades da marca PIP. Parte do material será submetido a análises e o restante, incinerado. A Anvisa se comprometeu ainda a fiscalizar todas as fábricas de próteses mamárias até o fim do próximo mês.
Fonte: O Imparcial
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